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Alunos da ESTGOH consideram “Oliveira do Hospital uma cidade acolhedora”

Alunos da ESTGOH consideram “Oliveira do Hospital uma cidade acolhedora”

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) conseguiu captar este ano mais do triplo dos alunos que no ano passado, passando de 13 novas caras para mais de 40 no ano que agora começa a dar os primeiros passos. Mas ainda ficaram muitas vagas por ocupar. O CBS foi conversar com os alunos e confirmou que o estabelecimento é importante para dar a conhecer a cidade. Muitos dos alunos que chegam de fora admitem que pensavam que Oliveira do Hospital era uma “rua de Coimbra”. Mas algum tempo depois não escondem que é fácil adaptarem-se à cidade e ganhar afecto pelas suas gentes. O futuro deste polo, reconhecem, depende da capacidade de promoção que deve ser feita, da captação de novos cursos e da reabertura de alguns que foram encerrados.

IMG_4763 (Small)Joana Olaio, natural de Pombal, Leiria, que se encontra actualmente no terceiro ano de Administração e Marketing, por exemplo, está convencida que a abertura do curso de Desenvolvimento Regional do Ordenamento do Território no ano passado já ajudou a fazer alguma diferença. “No primeiro ano houve poucos interessados, mas este ano já entraram três vezes mais alunos nesta licenciatura. Há que dar tempo ao tempo”, sublinha esta estudante. Mas o encerramento de algumas áreas de estudo mais significativas não tem ajudado ao desenvolvimento. O caso mais citado é o encerramento do curso de Administração e Marketing. “Era importante que reabrisse, já que, juntamente com Administração e Finanças, era dos cursos que mais alunos trazia para a ESTGOH”. O encerramento causou alguns problemas aos alunos que só têm a certeza deIMG_4759 (Small) que este ano lectivo ainda há a possibilidade de terminar o curso em Oliveira do Hospital. “Os alunos que já frequentavam Administração e Marketing têm a oportunidade de o acabar cá. A escola dá a oportunidade de se inscreverem a todas as cadeiras este ano, a fim de poderem concluir o curso. Caso não consigam concluir o mesmo este ano não sabemos se teremos ou não de o concluir noutra instituição de ensino”, refere a aluna Andreia Henriques.

O representante da Associação de Estudantes André Castro, pela sua experiência, não tem dúvidas que outro entrave para a captação de mais alunos tem a ver com a falta de divulgação do estabelecimento de ensino. Sublinha mesmo que um pequeno vídeo promocional feito em Maio já deu os seus resultados. “Foi realizado com o objectivo de divulgar a escola, procurando demonstrar a vida de estudante desde a sua inscrição, passando pela praxe, pela procura de casa e pela finalização do curso”, frisa, sublinhando que “não é pelo facto de Oliveira do Hospital ser uma cidade pequena que não há espírito académico e bons resultados académicos”.

O período de tempo que o CBS esteve em contacto com os alunos deu para perceber que muitos deles antes deIMG_4734 (Small) chegarem mal tinham noção de onde ficava e como era na realidade a cidade de Oliveira do Hospital. “Eu, como 90 por cento dos alunos, pensava que Oliveira do Hospital era uma rua de Coimbra”, revela Joana Olaio admitindo que “no início” estranhou a existência de uma Escola Superior num meio tão pequeno. “Mas adoro isto, o espírito académico é fantástico e a integração que existe é muito boa. Não é por acaso que depois de chegarmos, cerca de 85 por cento dos alunos, optam por cá ficar”, diz.

Natural de Esposende, Hugo Fonseca, caloiro de Administração e Finanças confirma este sentimento. “Também pensava que Oliveira do Hospital ficava em Coimbra”, conta, adiantando que chegou ainda concorrer à 2º fase de acesso ao Ensino Superior para ir para mais próximo da família, mas sem êxito. “A verdade é que estou a gostar dos primeiros dias que estou a passar nesta cidade”. Uma opinião partilhada por Edgar Miguel, natural de Oliveira de Azeméis e aluno do 3º ano de Administração e Marketing. “A integração é óptima, o que nos faz cá ficar é o espírito. Quando vinha para cá pela primeira vez estranhei, não estava habituado a ver paisagens do interior, mas rapidamente fiquei um fã de Oliveira do Hospital, tanto pelos antigos alunos, como pela população. Oliveira do Hospital é uma cidade acolhedora”.

IMG_4725 (Small)Dado o número de alunos existentes, os estudantes nem consideram que sejam necessárias novas infra-estruturas. “As actuais são adequadas para a comunidade estudantil e respectivos docentes”, sublinham os membros da Associação de Estudantes que não escondem alguma admiração pelo director da escola e pela actuação da Câmara Municipal. “Se não fosse a CMOH a escola já estaria fechada”.

O representante da A.E, André Castro, adianta ainda que a Recepção ao Caloiro já tem data, está marcada para os dias 6,7 e 8 de Novembro e o cartaz oficial deve ser divulgado dentro de uma semana. Sublinha que “o objectivo é atrair toda a comunidade, temos pena que não haja uma maior adesão por parte dos populares locais, no entanto, esperamos que já nesta próxima Recepção ao Caloiro tal se venha a contrariar e possamosIMG_4738 (Small) ter uma grande moldura humana”. Aqui fica uma das poucas críticas à população. “Vê os estudantes de forma um pouco recriminatória, têm uma mentalidade demasiado conservadora”, dizem lembrando que há poucos dias, numa festa académica, realizada num bar no centro da cidade, lhes foram arremessados pedaços de fruta vindas de habitações. “E não foi um caso pontual”, concluem.

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