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Autarca de Oliveira do Hospital garante continuar a sua missão “sem quebras de ânimo”

Vindo de umas eleições onde se revelou maioritariamente preferido pelo povo oliveirense, José Carlos Alexandrino assegurou nas comemorações do 25 de abril prosseguir com a sua missão em prol das pessoas e sem “quebras de ânimo”.

Consciente da “enorme responsabilidade política” decorrente da avassaladora vitória eleitoral conseguida em setembro passado, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital reiterou hoje, nas comemorações do dia da liberdade, o seu propósito de tudo fazer em prol dos munícipes oliveirenses. “Desenganem-se aqueles que utilizam a maioria para nos desviarem do nosso caminho”, chegou a avisar José Carlos Alexandrino, assegurando levar por diante a sua missão e “sem quebras de ânimo”. “Cumpriremos a nossa missão com empenho, verticalidade e respeito pela história de Oliveira do Hosptial”, continuou o autarca que, sem nunca se referir à ausência do presidente da Assembleia Municipal naquela sessão, acabou por deixar transparecer o mal estar e divergência de opiniões no que à prossecução de certas políticas diz respeito. “Muitos são os que defendem boas teorias e boas intenções, mas na prática demonstram desprezo pelos mais frágeis e os que mais sofrem”, chegou a afirmar o presidente da Câmara que, momentos antes, tinha considerado acertada a forma como a Câmara tem resolvido problemas criados pelo poder central, apesar de “os municípios estarem tolhidos com coletes de forças”. “O município perdeu mais de 1,2 milhões de Euros de transferências de Estado, mas orgulha-se de ser o concelho onde as pessoas são o centro das políticas”, continuou o autarca, verificando que em Oliveira do Hospital, os níveis do desemprego “seriam mais graves, se não fosse a ação da Câmara através do programa AtivoSociais” . Rejeita porém a ideia de que a Câmara é uma “grande empregadora”. Pelo contrário, “hoje temos menos 62 funcionários do que quando entrei”, referiu, orgulhando-se porém por ter posto em marcha um programa com o apoio do IEFP de admissão de jovens, pelos vulgos POCs e estágios, no seio da autarquia, “para que as pessoas não fiquem em casa em estado depressivo sem emprego”.

A garantir não ser oposição ao governo, mas antes defensor dos direitos dos oliveirenses, José Carlos Alexandrino comprometeu-se em dia da comemoração dos 40 anos do 25 de abril a também “fazer cumprir abril em Oliveira do Hospital”.

“O estado a que isto chegou…”

João Dinis, do PCP, louvou as comemorações em Oliveira do Hospital, não tardando porém a alertar para “ o estado a que isto chegou” e que “é necessário acabar”. A considerar que o país não está pior do que antes do 25 de abril, Dinis está certo de que a revolução se fez para que Portugal “estivesse bastante melhor”. O porta voz do PCP em Oliveira do Hospital alerta sobretudo para as sucessivas “mentiras” que aumentam em tempo de eleições e fala da necessidade que o país tem de libertar o seus filhos e netos do estado a que chegou o país, onde “a dívida soberana aumenta todos os dias” e “nunca vai ser possível pagar”. Defensor de outras políticas, João Dinis considera que “é preciso mudar de governante, que este já lá está há tempo de mais”.

A pertencer à geração pós 25 de abril, o deputado dos CDS-PP agradece à geração de abril as conquistas saídas da revolução. Porém, Luís Lagos recusa-se a usar cravo na lapela e a não poder agradecer aos militares da abril o facto de, hoje, os jovens serem convidados à emigração e de todos os bons negócios se fazerem com o estado. “Quantos não são os votos que se compram com empregos?”, questionou, notando ainda que, pese embora a extinção do lápis azul da censura, a comunicação social vive condicionada com atribuição ou não de publicidade. A dar conta de um chorrilho de situações que não pode agradecer à geração de abril, Luís Lagos disse ter confiança de que a sua geração “fará diferente”, pelo que até lá permanece “sem cravo na lapela”.

A representar o PSD nas comemorações do 25 de abril, a vereadora Cristina Oliveira destacou a necessidade de se “preservar e aperfeiçoar” a democracia. Um caminho que entende ser possível por via da Educação que considera “fundamental”, assim como o “conhecimento e o pensamento”. “Caberá à Educação e à escola garantir o equilíbrio social”, observou Cristina Oliveira, na certeza de que o país “precisa de um rumo e um caminho definido”. “Todos juntos somos país, sozinhos não somos ninguém”, concluiu.

A considerar que “a nação está doente”, o socialista André Duarte entende que o faz falta é “dignificar a política”. “Não precisamos de doutores para governar. A solidariedade importa bem mais do que a genialidade”, disse o jovem, para quem “não há justiça nas ações deste governo”. Com 23 anos, André Duarte receia que o país “corra o risco de estar a viver uma ilusão da democracia”, porém garante que o PS “defenderá abril do capitalismo selvagem”. “Nunca nos farão esquecer a cor dos cravos. Somos livres e não voltaremos atrás”, concluiu.

Convidado a participar nas cerimónias, Manuel da Costa recordou o 25 de bril “como a coisa mais memorável” da sua vida e para a qual deu o seu contributo. “Onde é que se encontra um 25 de abril melhor do que este?”, questionou, notando que os portugueses “querem este 25 de abril, mas o mundo todo é que precisa do seu 25 de abril”. Porque, avisa: “isto assim não vai lá”.

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