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Assembleia Municipal pretende ratificar destituição António Lopes que considera este acto mais uma ilegalidade

Com a saúde não se brinca…Autor: António Lopes

Princípio de Peter: Num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência.

Lendo as notícias recentes, sobre as posições do senhor Presidente da Câmara acerca dos problemas da saúde e da água, ocorreu-me o princípio de Peter.
Todos os dias vamos sendo informados dos sucessos dos concelhos vizinhos no combate ao desemprego. Por todo o lado, salvo esporádicas excepções, nota-se um apoio efectivo das autarquias na resolução dos problemas mais sensíveis que afectam as populações. Por cá, com a saída de três dos mais experimentados autarcas que o concelho teve (Mário Alves, Paulo Rocha e José Carlos Mendes), o nível de discussão dos problemas diminuiu quantitativamente e qualitativamente. A resolução dos mesmos seguiu o mesmo sentido.

Sem falsa modéstia, contribui, até onde pude, para alguma moderação das situações, sem grande êxito, reconheço. Basta analisar as actas das reuniões de Câmara, ultimamente transformadas num autêntico “circo”, para se aquilatar do que acabo de afirmar. Para desencanto meu e prejuízo de todo o Concelho, privilegia-se uma irresponsável gestão, onde a festa, a diversão saloia e o desporto de competição são as grandes prioridades da governação.

Pessoalmente não vislumbro, nem auguro, nada que se possa comparar com as expectativas que pessoalmente criei quando os oliveirenses, de forma tão expressiva, nos deram uma esmagadora confiança para a resolução dos seus problemas.

São conhecidas as pretensões dos sucessivos governos em transmitirem e sobrecarregarem as autarquias, com responsabilidades e despesas, operando a transferência de obrigações sem os respectivos meios financeiros que as possam suportar. Vivi na Ilha da Madeira, onde assisti a fenómenos idênticos. Na sede de mandar e de tudo controlar, o Governo Regional, chamou a si os portos, aeroportos e outros serviços do Estado. Estruturas que só lhe davam problemas e despesas. Sabemos todos quais as verbas que o Governo transfere para o sistema de ensino e sabemos, todos, a fatia importante suportada pelas autarquias. O comum do dia-a-dia, são os senhores presidente de Câmara queixarem-se destas realidades que acabo de enumerar.

Descontando a infelicidade do dislate, sobre a forma como se anunciou a vinda de dois novos médicos, vem agora o Senhor Presidente reclamar a transferência de competências na área da saúde. Sabendo-se da exiguidade de meios financeiros, os cortes que foram operados, alguém cônscio das suas responsabilidades e da especificidade deste sector se mete numa aventura destas? Diz o Povo que: “com a saúde não se brinca”. Será que os responsáveis não têm consciência disso? Se dúvidas houvesse, a experiência da unidade móvel é bem elucidativa. Já quanto ao problema da água, bem clamo, bem apresento as contas, bem provo que não dizem duas vezes o mesmo número, bem provo que nos foram ao bolso.

A grande preocupação do senhor Presidente é anunciar como uma vitória um problema que anda a ser debatido, há anos, criando um sistema de solidariedade Nacional, que harmonize o custo da água, sabendo-se que a baixa densidade populacional do interior e a dispersão da mesma, comportam custos, cada vez menos compatíveis com as depauperadas economias familiares. O senhor presidente, enfermando de um narcisismo confrangedor, não perde uma para se por em bicos e nos tornar alvo de chacota. Ele foi a “guerrilha, a dor e o sangue” pelo IC6, ele é o maior requeijão, desconhecendo que no seu concelho há quem produza diariamente três mil requeijões, num total de seiscentos quilos, ele é a maior abóbora, ele é a maior feira do queijo, ao mesmo que tempo que desaparecem os rebanhos. Acompanhado de um conjunto de “altifalantes e megafones”, cada vez mais, de diversas formas subsidiados pela câmara, ele é um sempre em festa permanente, e permanentemente propagandeada, qual D. Quixote, anunciando vitórias que só ele vê.

Em simultâneo, vai-se “empurrando com a barriga”, os verdadeiros problemas e “acalmando” consciências. Á custa do erário público, quase sempre em prejuízo das regras de transparência e das famílias mais carenciadas. Que estruturas e pessoal qualificado tem a Câmara para se meter no sector da saúde? Como dizia Peter, tem pessoas com pretensões de promoção até ao limite da incompetência… Para se fazerem notadas, tudo é pretexto. Espero que não tenham que vir, de novo, os presidentes das CIMs desdizer o nosso presidente, como tiveram que fazer com a “guerrilha”. É que, não estou a ver os Municípios a meterem-se numa destas. Idoneidade e responsabilidade precisam-se…

Assembleia Municipal pretende ratificar destituição António Lopes que considera este acto mais uma ilegalidadeAutor: António Lopes

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