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Comunistas de Oliveira do Hospital acusam autarquia de não fazer nada para evitar “extinção do Tribunal” e de aumentar “brutalmente o preço da água”

Comunistas de Oliveira do Hospital acusam autarquia de não fazer nada para evitar “extinção do Tribunal” e de aumentar “brutalmente o preço da água”

A concelhia do Partido Comunista Português acusou hoje a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e as forças partidárias que lá se encontram representadas de não fazerem nada para evitar “a extinção do Tribunal da Comarca de Oliveira do Hospital”. “É um violento ataque aos direitos da população e estranhamos que quem está na Câmara bem como o seu presidente tenham ficado em silêncio. Quem cala consente, por isso parecem estar de acordo com o que está a acontecer”, frisou o elemento daquela organização João Dinis.

Este responsável espera que quem de direito ainda se venha a bater por algo. Acredita que os julgamentos em Oliveira do Hospital podem continuar a acontecer, porque, no seu entender, “a nova organização não obriga os juízes a deslocarem-se, mas eles podem-no fazer. É preciso lutar por isso”, diz. “Têm é de ser devidamente recompensados pelo ministério da Justiça”, ressalva, apontando que este sistema vai transformar o acesso à justiça muito mais dispendioso. “Será cada vez mais apenas para os ricos. E estamos a falar de um dos pilares da democracia”.

A seguir, João Dinis atacou os recentes aumentos do preço da água e do saneamento, algo que classificou de brutal. Garante que a média total dos aumentos ronda os 50 por cento, sendo que no saneamento é de 150. “Uma brutalidade inaceitável. A Câmara tem de baixar estes preços, porque são incomportáveis para as pequenas famílias, pequenas empresas e colectividades. Tem de se encontrar uma alternativa às Águas do Zêzere e Côa”, continuou, acrescentando que essa empresa já está a praticar preços que no contrato de concessão apenas estão previstos para 2030. “Estas medidas visam a entrega desta empresa a grandes grupos económicos privados que pretendem fazer da água um negócio lucrativo. Penso até que a Câmara pode vir a ser ressarcida daquilo que está a pagar a mais”, disse.

Questionando a razão da autarquia não ter tido a coragem política de colocar as grandes empresas a pagar, João Dinis disse que já colocou essa questão várias vezes à autarquia, mas nunca obteve resposta. “Estamos fartos de perguntar quanto paga a SONAE. Nunca nos responderam”, acusou. Por isso, defende uma imediata redução dos preços, que as grandes empresas passem a pagar e que seja abandonado o actual sistema multimunicipal, em que a última palavra pertence às Águas de Portugal e Águas do Zêzere e Côa, passando para um modelo de intermunicipal, em que a decisão final cabe às autarquias.

A terminar, João Dinis fez questão de chamar a atenção para o facto do concelho de Oliveira do Hospital já ter perdido a Zona Agrária, Agrupamentos de Escolas, cinco Juntas de Freguesia, postos médicos e postos dos CTT. “E estão-se a ir: a ESTOG, as extensões de saúde, o centro de saúde, as finanças e nunca vieram o IC6 ou o IC7”, refere, adiantando em jeito de conclusão que a população espera das autarquias e dos autarcas “uma atitude (muito) mais combativa na defesa intransigente dos direitos e interesses dos Oliveirenses”.

 

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