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Concelhia de Oliveira do Hospital do PSD recusa cerca de três dezenas de filiações e deixa jovens indignados

Um grupo de jovens de Oliveira do Hospital, que pretendiam filiar-se no Partido Social Democrata, foram ontem surpreendidos por uma carta registada, proveniente dos serviços de ficheiros de militantes, a dar conta que a sua admissão não tinha sido aceite pela comissão política de Oliveira do Hospital. Do grupo de cerca de três dezenas de aspirantes a militantes sociais-democratas, só dois foram aceites depois de terem comparecido numa reunião com o presidente da estrutura local, Nuno Vilafanha. Todos os restantes viram as suas candidaturas rejeitadas. O CBS procurou, por várias vezes ao longo da tarde, contactar os elementos da Comissão Política local para explicarem a decisão de vetar estes elementos. Nuno Vilafanha enviou uma mensagem a explicar que se encontrava fora do país e que telefonaria mais tarde ( o que até ao momento não aconteceu), enquanto o presidente da Mesa da Assembleia da estrutura, Nuno Tavares Pereira, não atendeu o telemóvel.

Os candidatos a militantes dizem não entender esta atitude por parte dos elementos que lideram a estrutura do partido naquela cidade do distrito de Coimbra, mas consideram que tudo se poderá ter ficado a dever ao facto de não terem comparecido a uma reunião agendada por aquela estrutura local do partido, liderada por Nuno Vilafanha. “Tinha exame no dia seguinte em Coimbra e não pude estar presente, contudo, não sei qual a credibilidade que esta comissão política possa ter para me fazer ou não militante mediante a presença numa reunião”, conta João Cid Brito, de 20 anos, estudante universitário de Arqueologia e História, que está habituado a participar activamente em eventos comunitários, como o escutismo. Este elemento da Associação Académica de Coimbra confessa que não sabe o que irá fazer. Se apresenta ou não recurso. “Quero abraçar um partido livre e aberto e não uma estrutura em que existam pessoas que se julgam donos. A verdade é que tenho muita vontade de ser militante, caso contrário desistia já”, explicou ao CBS este jovem residente em Ervedal da Beira.

A notícia também foi recebida com estupefacção por João Gonçalves, um vendedor de 28 anos, residente na localidade de São Paio de Gramaços. “Não percebo. Querer ser militante de um partido e não poder. Talvez o PS tenha requisitos menos burocráticos”, começou por dizer, antes de criticar os elementos que comandam os destinos do partido em Oliveira do Hospital. “Acho que estão mais preocupados com os cargos que têm que com a própria estrutura. Que outra justificação existe para este caso insólito?”, interroga-se, adiantando que tinha a ideia do PSD “ser um partido livre”. E deixa um aviso: “Não se resolvendo esta situação, não perdem só o nosso voto, mas de todos os intervenientes que nos rodeiam, pois este é um caso que contraria a essência da democracia”.

Mesmo aqueles que foram admitidos, os dois elementos que compareceram na reunião, não compreendem esta decisão. António Cruz, 23 anos, estudante de audiologia em Coimbra diz não encontrar qualquer explicação válida para esta atitude dos responsáveis de Oliveira do Hospital. “Fui um dos dois que pude estar presente na reunião agendada pela comissão política de Oliveira do Hospital. Mas não encontro qualquer explicação para a exclusão daqueles que não tiveram oportunidade de comparecer. “Dada a situação em que o partido se encontra em Oliveira do Hospital e, depois de uma maioria absoluta por parte do PS, não se compreende como é que se impede a filiação de novos jovens. Creio que a comissão política de Oliveira do Hospital, para além de não mostrar trabalho, está mais preocupada em controlar o partido”, sublinha garantindo que foi um dos que participou activamente na recolha de militantes. “Acho lamentável que, passado tanto tempo, veja que não só não foram feitos militantes, como ainda recebem cartas em casa a dizer que não serão admitidos”, conta.”Isto é muito grave para um partido democrático”, concluiu.

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