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Falta de recursos é apontada, por fontes próximas, como a razão de demissão de Afonso Jorge

A demissão do presidente da Junta de Freguesia de Avô surpreendeu os colegas e muitos daqueles que lidavam de perto com a autarquia. A justificação de António Afonso de abandonar o cargo, porque está na altura de curtir a vida, não convence totalmente os mais próximos daquele órgão. “Não me parece que tenha sido apenas isso. Terá sido mais o facto de ter vários projectos que não estavam a receber o devido apoio por parte da autarquia”, explicou ao CBS uma fonte que conhece bem a autarquia de Avô, adiantando que Afonso Jorge é uma pessoa extremamente dinâmica, com vontade de fazer obra, mas que se viu privado de recursos.

“Penso que lhe deveria custar um pouco estar quase permanente em contacto com a autarquia, onde conhece praticamente todas as pessoas e não conseguir aquilo que pretendia”, referiu a mesma fonte, adiantando, por exemplo, que a Câmara Municipal ficou de entregar um tractor à Junta de Freguesia (embora sem um prazo definido), o que ainda não aconteceu. Da mesma forma, também ainda não receberam a verba respeitante a metade dos custos investidos na construção do parque infantil que lhes terá sido prometida em Janeiro.

Outra das quantias que a Junta de Freguesia continua a aguardar são os 20 mil euros para pagar a aquisição do terreno onde será construído o parque de estacionamento da extensão do Centro de Saúde, cujo contrato promessa de compra e venda está assinado e é válido até Setembro. Uma verba, diga-se, que já foi aprovada em Assembleia Municipal. “Penso também que foram estes aspectos que levaram à sua demissão”, sublinha outra fonte.

Avô, cuja população segundo os censos de 2011, contava com 595 habitantes, é um caso invulgar em termos autárquicos. Além desta demissão inusitada, já as eleições tinham sido invulgares. Afonso Jorge, candidato pelo PS, obteve 130 votos, elegendo três mandatos, o social-democrata José Carlos Martins conseguiu 127 votos e 2 mandatos e a lista independente liderada por António da Silva Antunes ficou-se pelos 93 votos, conseguindo igualmente dois mandatos. Politicamente, seguiu-se algo também pouco habitual nestas andanças. As três forças políticas chegaram a um entendimento que resultou na perfeição. Afonso Jorge ficou como presidente, José Carlos Martins ocupou o cargo de tesoureiro e António Antunes o de secretário. “E funcionámos todos muito bem, as ideias não eram de um em particular, mas de todos”, reconhece o demissionário Afonso Jorge, numa opinião partilhada pelos restantes elementos.

 Foto: portugalvistopormim.blogspot.com

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