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FCOH acusa vereador do PSD de “desrespeitar e desprezar” o clube

Está instalada a polémica entre o FCOH e o vereador do PSD na autarquia oliveirense. Em comunicado enviado ao correiodabeiraserra.com, a direção do clube oliveirense acusa Mário Alves de produzir “falsas declarações” quando, na última reunião de Câmara se discutia a atribuição de um subsídio de cinco mil Euros, que votou contra.

Em concreto e à cabeça de um extenso comunicado enviado à redação deste jornal digital, ao abrigo do direito de resposta, a direção do Futebol Clube de Oliveira do Hospital (FCOH) aponta o dedo às “afirmações falsas” que Mário Alves produziu naquela reunião pública da Câmara Municipal a propósito de “diversos assaltos verificados no Parque Desportivo de S. Miguel, em Lagos da Beira, onde funcionam as camadas jovens de futebol do FCOH”. “Tais afirmações por não corresponderem à verdade, e por serem objetivamente danosas da honra e dignidade do clube e daqueles que integram os seus órgãos sociais não deixarão de ser tratadas em local devido”, informa a equipa diretiva do FCOH que, do mesmo modo, critica as considerações de Alves sobre os “benefícios que o FCOH terá em relação a outros clubes do concelho” e a “forma depreciativa, redutora e acintosa” como se refere aos diretores usando a expressão “esta gente”.

Num direito de resposta que prima pela acutilância das palavras, a direção do FCOH informa Alves de que apenas a equipa sénior de futebol do FCOH treina e joga no estádio Municipal de Oliveira do Hospital, porque o mesmo não tem condições para acolher outras equipas. “Porque o Sr. Vereador do PSD, quando exercia outras funções autárquicas não lhas criou”, sustenta a equipa diretiva, lembrando que, por esse facto, as quatro equipas das camadas jovens “andam com a casa às costas treinando e jogando em campos pelados por outras freguesias do concelho”. “Este é um dos benefícios de que o FCOH pode ser acusado, constatam os diretores que, em resposta ao vereador não fecham os olhos ao dinheiro gasto “a construir rotundas, parques de estacionamento subterrâneos, e a comprar estátuas por alguns milhões de euros” e ao alegado favorecimento dado pelo ex presidente de Câmara, a outro clube. “Aproveitou para construir balneários novos, depois suportou os custos de uma cobertura de bancada, a seguir construiu um estádio, fez o arrelvamento sintético, construiu e equipou torres de iluminação, pagou a tinta para pintura do depósito de água de um parque desportivo numa outra freguesia do concelho. Tudo isso importou em bastante mais que 500.000,00 euros”, enumera a direção do FCOH, recordando que tudo isso foi feito “quando o FCOH tinha em funcionamento quatro camadas de formação, e o clube da mencionada freguesia tinha uma equipa de seniores masculinos”.

“Some todos os consumos de água, luz e manutenção do Estádio Municipal – porque em Lagos da Beira (onde funcionam as camadas jovens do FCOH é o clube que suporta tais custos) e verá que ainda faltam muitos anos de água luz e manutenção do estádio [que é municipal para que se atinjam esses valores”, notam ainda os dirigentes, lamentando que para o vereador do PSD, o FCOH sempre tenha feito parte “dos outros”.

“Também compreendemos – e demonstram-no à saciedade a política de atribuição de subsídios a coletividades levada a cabo pelo Sr. Vereador do PSD quando exercia e era candidato a outras funções autárquicas – o seu fascínio pela sueca, pelas damas, pelas rimas e desgarradas, mas parece-nos (possivelmente é só a nós) que a atividade desenvolvida ao longo dos anos e na atualidade pelo FCOH é algo mais relevante”, referem no mesmo comunicado.

“Todavia, não temos veleidades que, nesta fase de ocaso da sua demasiado longa e pouco relevante carreira política, o Sr. Vereador do PSD o compreenda. Em abono da verdade, também não perderemos tempo a tentá-lo”, continuam os dirigentes, lembrando a Alves “esta gente, como o senhor, de forma depreciativa e redutora lhes chama, serviram e servem o FCOH de forma voluntária, gratuita e desinteressada. Não são remunerados, no fim dos seus mandatos não ficam a receber reformas por terem sido diretores do FCOH. Não. Em vez disso, disponibilizam do seu tempo particular e pagam para exercer tais funções”.

“Esta gente” – continua a direção do FCOH – “nunca teve uma obra adjudicada, nunca vendeu mais um fato, aviou mais um medicamento, fez mais uma contabilidade, ou teve mais um caso em tribunal pelo facto de serem directores do clube”.

“O sr. vereador do PSD desvalorizou, desrespeitou e desprezou de forma inadmissível um clube com quase 75 anos de uma história e de uma atualidade absolutamente ímpar no panorama desportivo concelhio, distrital e regional”, observa a direção do Clube, não deixando de verificar que foi também “esta gente” que “ao longo dos anos, e na atualidade, ajuda e ajudou a formar, como atletas e como homens/mulheres, alguns milhares de jovens, entre os quais o próprio filho do sr. vereador do PSD”.

“Tal atitude, como outras, é reveladora sobre o político (felizmente por pouco tempo) e sobre o homem”, lamenta a direção do FCOH.

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