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Operadores preocupados com mau funcionamento do apoio ao turista em Oliveira do Hospital

O impacto do primeiro “Camping Car Serra da Estrela”, uma área de serviço e pernoita para autocaravanas, que entrou em funcionamento no domingo, no Parque do Senhor das Almas, em Oliveira do Hospital, não é consensual entre os operadores do sector. Há aqueles que defendem que irá retirar algum movimento aos parques privados. Outros asseguram que estes caravanistas não têm grande influência, dado que vão utilizar o espaço apenas para pernoitar e seguir viagem no dia seguinte. Num aspecto, porém, parecem estar de acordo: a autarquia não trabalha bem o turismo no concelho oliveirense.

Os operadores consideram que a autarquia que não faz uma aposta “profissional e séria” no apoio aos turistas que visitam Oliveira do Hospital. Garantem que serviço existente é “ineficiente, não tem visibilidade e praticamente não faz publicidade sobre e os locais a visitar. Um dos projectos que têm defendido: um Posto de Turismo junto à EN 17 não tem obtido resposta por parte da autarquia. O CBS também colocou esta e outras questões à autarquia que optou por não responder.

“Agora, aquilo do Camping Car Serra da Estrela não é mais que uma estação de serviço. Serve para pernoitar e seguir no dia seguinte. Não tem nada a ver com o nosso público-alvo. Mas tem o aspecto positivo de poder trazer mais pessoas a Oliveira do Hospital”, diz Joost, proprietário do parque de campismo da Toca da Raposa, explicando que os espaços tradicionais oferecem outras condições para quem verdadeiramente pretende fazer férias e relaxar. Este belga está mais preocupado com o fraco desempenho da autarquia em termos de promoção e apoio ao turismo no local. “Tem de existir divulgação, mas Oliveira do Hospital tem um Posto de Turismo que quase é invisível”, crítica, elogiando, porém, o trabalho que tem sido feito na divulgação do nome do concelho a nível nacional.

Esta critica é partilhada pelo responsável do Parque de Campismo da Fundação Albino Mendes da Silva, em São Gião. António Cruz não duvida que o investimento seria muito mais rentável se fosse efectuado no sentido de divulgar o que de “bom tem o concelho e a forma das pessoas as visitarem”. “Aqui a informação é praticamente inexistente. A publicidade é inexistente. Fazem o suficiente para divulgar o Vale do Alva? Falam muito, mas publicidade e investimento pouco se vê”, continua António Cruz que não esconde que gostaria de ver outro caminho para os 30 mil euros gastos no designado Camping Car Serra da Estrela. “Não se entendo como ninguém repara o açude, em São Gião, que era uma atracção turística no Verão e no Inverno. Uma cheia destruiu umas pedras e depois, quem de direito, em vez de reparar, acabaram com o resto”, sublinha. Ao CBS, a autarquia também não respondeu a qualquer pergunta sobre este assunto.

Karina Hulsman proprietária de um parque de Campismo e pragmática. “Sobre as caravanas ninguém falou connosco. Mas sobre aquilo que falámos também não fazem nada. Onde está a ideia que foi lançada para a construção de um posto de turismo junto à EN17? Não existe nada. Não foi feito nada, quando essa seria uma aposta fortíssima para o turismo local”, explica a responsável pelo parque da Ponte das Três Entradas, que não entende as prioridades da autarquia que não aposta num programa verdadeiramente profissional e com visibilidade para dar a conhecer os bons locais de acolhimento da região. “Apostou-se numa estrutura que não vai atrair turistas. Será um ponto de dormida de quem vai em viagem. Não ficam aqui tempo quase nenhum e não vejo o que Oliveira do Hospital venha a ganhar, a não ser o Lidle”, confessa esta holandesa, acusando ainda a autarquia de retirar estas caravanas, ainda que por uma noite, dos parques privados existentes no concelho. “Pagamos impostos e depois, em vez de projectos de valor acrescentado, temos como presente a retirada de alguns clientes”, remata.

Houve ainda proprietários que preferiram não falar sobre o assunto. “Não tenho interesse, isso envolve a Câmara e convém não falar”, explicou um responsável que preferiu não ser identificado.

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