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Por cada tonelada de cortiça, o montado retira duas de dióxido carbono da atmosfera

Um estudo hoje divulgado pela Universidade de Aveiro concluiu que a capacidade da própria cortiça de reter o carbono absorvido durante o crescimento do sobreiro, permite que constitua um reservatório de carbono ao longo do seu ciclo de vida, garantindo que por cada tonelada de cortiça duas de dióxido de carbono sejam sequestradas da atmosfera. O estudo coordenado pela Universidade de Aveiro (UA), o primeiro no país a quantificar a pegada de carbono do sector da cortiça, confirma os poderes ecológicos do sobreiro e do ecossistema que o envolve.

“O sector de cortiça é um sumidouro efectivo de gases com efeito de estufa uma vez que o sequestro de dióxido de carbono da atmosfera é bastante superior às emissões desses gases emitidos ao longo do sector, desde a floresta até ao destino final dos produtos de cortiça”, garante Ana Cláudia Dias, investigadora do Departamento de Ambiente e Ordenamento e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA e coordenadora do trabalho.

Segundo Cláudia Dias, “os produtos produzidos a partir de cortiça nacional constituem reservatórios crescentes de carbono, quer durante a sua utilização, quer quando são depositados em aterro, tendo acumulado entre 150 e 250 mil toneladas de dióxido de carbono por ano nos últimos 15 anos”.

Os números sugerem que “a utilização de produtos de cortiça contribui para a mitigação das alterações climáticas, quer pela sua capacidade de acumular carbono quer pelo facto de substituírem produtos alternativos mais intensivos do ponto de vista energético”.

Financiado por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Compete, o projecto desenvolveu um modelo de cálculo que permite que os produtos de cortiça passem a ser incluídos nos inventários nacionais de gases com efeito de estufa, tal como já sucede com os produtos de madeira.

Foto: www.geocaching.com

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