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Representante da JCP acusa André Feiteira de usurpar funções no CMJ oliveirense e quer o caso na justiça, autarquia diz que não há ilegalidades

O representante da Juventude Comunista Portuguesa (JCP) no Conselho Municipal da Juventude (CMJ) de Oliveira do Hospital pediu na última assembleia daquele órgão que fosse investigado, e seguido o devido procedimento judicial, contra André Feiteira que nos últimos tempos tem, em sua opinião, representado indevidamente a juventude social-democrata naquele órgão municipal. João Cruz alega que aquele elemento terá usurpado funções, uma vez que não é filiado no PSD. O líder da concelhia social-democrata, Nuno Vilafanha, que também se encontrava presente, limitou-se a referir que o problema foi “levantado e muito bem pelo representante comunista”. André Feiteira contactado pelo CBS ficou estupefacto com estas acusações ao mesmo tempo que se mostrou surpreendido por “João Cruz ser filiado no PSD e representar a Juventude Comunista”.

O vereador Nuno Ribeiro, do PS, perante estas dúvidas, disse ter recebido um documento enviado pela distrital de Coimbra da JSD, o qual afirma que André Feiteira se encontrava devidamente mandatado para representar aquela estrutura. “Temos na nossa posse um documento, da Distrital de Coimbra, que atesta não existir ilegalidade”, explica aquele autarca. O assunto, de resto, já tinha sido comentado pelo líder da Juventude Socialista durante o fórum local do partido “onde afirmou que um representante do PSD chegou a colocar em causa a legitimidade da directriz da distrital da JSD”. “Quando acusam um dos seus jovens até tem de ser o PS a defendê-lo”, referiu, quase em tom de gozo, André Pereira.

Nuno VilafanhaMas Nuno Vilafanha nega que tenha acusado André Feiteira, até porque se tratam de órgãos diferentes. “Não tenho nada a ver com a JSD, são eles que podem nomear. O caso seria diferente se fosse em representação do PSD. Mas esteve muito bem o representante da JCP, porque há princípios que têm de ser respeitados. Ele pediu que o caso fosse investigado para se averiguar se houve usurpação de funções”, explica, adiantando que se alguém tem de fiscalizar eventuais ilegalidades é a autarquia e é ela que tem de agir judicialmente. “Além disso, o documento da distrital surge já depois da situação ter ocorrido, pouco antes deste CMJ”, remata.

João Cruz é que não se conforma com a apatia da autarquia. Queria que o caso seguisse para a justiça. “As pessoas têm de ser responsabilizadas por aquilo que fazem. Devia-se investigar e colocar o devido processo na justiça”, explica, garantindo que só não o faz de mote próprio porque isso iria acarretar-lhe despesas. “Aquilo que o Feiteira fez foi usurpação de funções ao fazer-se passar por membro da JSD”, explicou sem dar grande relevância ao documento da JSD de Coimbra. Explicou ainda que só levantou o problema agora porque apenas teve conhecimento da situação em Fevereiro.

“Não entendo como é que é um militante que consta nas listas do PSD está a representar a JC”

André Feiteira ficou estupefacto com estas acusações, mas não deixou de aplaudir a bravura de João Cruz e Nuno Vilafanha. À Boleia Autor: André Duarte Feiteira“Quero elogiá-los pela coragem que tiveram. Estive lá dois anos e nunca me disseram isso na cara. Foi preciso faltar a uma reunião para falarem no assunto”, conta o jovem que não tem problemas em reconhecer que actualmente não é militante do PSD. Mas diz ter conhecimento do ofício proveniente da distrital a legitimá-lo para representar a estrutura no órgão.

“A JSD local, como o senhor Nuno Vilafanha sabe, não tem órgãos eleitos, e já desde a última Comissão Política de Secção, era eu que ia ao CMJ. Como até à data nada se alterou, não vejo qual o motivo para o espanto. No entanto, já que o tal documento atesta a veracidade dos factos, só posso retirar um elemento bom com tudo isto: afinal, a Distrital da JSD de Coimbra está atenta e a acompanhar os processos locais, o que nem sempre é fácil”, esclareceu. Adiantando ainda que chegou a estar presente numa sessão do CMJ com Nuno Vilafanha, com quem chegaram a articular intervenções. “Penso que foi a única à qual ele foi, e, curiosamente, depois de tantas outras, esteve também nesta. E nunca levantou esse problema, quando até fomos ambos candidatos à Assembleia Municipal nas listas do PSD”, referiu André. Nuno Vilafanha disse desconhecer na altura a situação do jovem em termos de militância.

Sobre João Cruz diz não compreender o que o levou levantar este assunto. “Também não entendo como é que é um militante que consta nas listas do PSD está a representar a Juventude Comunista. Não sei quais os estatutos da JC, mas não me parece ética esta duplicidade”, rematou André Feiteira.

 

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