Três dos arguidos envolvidos no processo dos “Vistos Gold” têm ligações a Oliveira do Hospital. Paulo Jorge Eliseu, natural de Tábua é sócio, segundo o Jornal PÚBLICO, na empresa Formallize, Lda, sediada (incubada) na Associação BLC3, nesta cidade. Outro dos detidos na operação Labirinto, José Manuel Gonçalves exerceu funções na conservatória do Registo Civil de Oliveira do Hospital. O terceiro elemento, António Figueiredo, por seu lado, chegou a Oliveira do Hospital pela mão do anterior presidente da Câmara Municipal, o socialista César de Oliveira.
António Figueiredo desempenhou na autarquia a função de chefe de Divisão Administrativa e Financeira, passando no final de 1993 a conservador do Registo Predial da cidade. É pela sua mão que Paulo Eliseu e José Manuel Gonçalves chegam ao Instituto dos Registos e Notariado (IRN).
Na última terça-feira, e na sequência da Operação Labirinto, o Tribunal Central de Instrução Criminal determinou prisão preventiva para António Figueiredo e medidas mais suaves para a dupla Paulo Eliseu e José Manuel Gonçalves que ficaram suspensos das funções nos serviços centrais do IRN, e proibidos de estabelecerem contactos com funcionários dos referidos serviços.
O Tribunal Central de Instrução Criminal, de resto, aplicou a prisão a cinco dos onze arguidos detidos na ‘Operação Labirinto’, no âmbito da investigação aos Vistos Gold, o programa de atribuição de autorizações de residência a estrangeiros não comunitários. Para três destes, a medida pode ser convertida para pulseira electrónica. As medidas de coacção mais graves foram decretadas a António Figueiredo, o presidente do IRN e Zhu Xiaodong, um dos empresários chineses. Ficaram em prisão preventiva.